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PRÓTESES DE SILICONE

Conheça os formatos disponíveis e saiba qual é o formato ideal para o seu tipo físico.

O aumento mamário

Algumas pacientes chegam ao meu consultório comentando que querem colocar prótese de silicone e se surpreendem ao saber que existem diferentes modelos e perfis de implantes. Ao conversar com elas, explico que existem milhares implantes de mama de diferentes volumes e formatos, tudo para atender o biotipo e as necessidades de cada paciente.

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Conhecendo a prótese de silicone

Em primeiro lugar, é essencial destacar que o silicone usado nas próteses é diferente daquele usado na indústria. Por esse motivo, ele não apresenta nenhum nível de toxicidade.

Assim, quando uma mulher coloca uma prótese certificada pela Anvisa, ela pode ter a certeza de que ele não fará nenhum mal ao corpo e nenhuma substância vai se espalhar pelo organismo. Muito pelo contrário: ela só terá benefícios e ficará com a autoestima elevada!

Sendo bem técnico: as próteses são conchas de elastômero de silicone preenchidas com gel de silicone de alta coesividade, produzindo um estado semissólido e cuja consistência é semelhante à da mama normal.

O que isso quer dizer?

Elastômero de silicone

Trata-se de um material que, como você pode imaginar pelo nome, tem propriedades elásticas. Ou seja, ele se estende (estica), pode ser levemente contraído (apertado) ou distorcido. Depois ele  recupera sua forma original.

E é por isso que, se você pega uma prótese de silicone nas mãos, você pode apertá-la, balançá-la, dobrá-la. Mesmo depois de fazer tudo isso, ela voltará ao formato inicial.

 

Gel de alta coesividade

Um material é coesivo quando suas moléculas possuem um grande número de ligações.  Assim, ele se torna mais aderente, compacto, não se espalha.

Por essa razão, o gel de silicone tem essa característica gelatinosa mais firme. Quando tocado, ele é praticamente tão macio quanto uma mama natural. Porém, ele é quase sólido, o que impede completamente o vazamento em caso de ruptura da prótese.

Qual é o revestimento das próteses de silicone?

Hoje em dia, uma prótese de silicone pode ter três tipos diferentes de revestimentos:

 

Superfície lisa

Os implantes de superfície lisa foram os primeiros a serem comercializados. Embora eles tenham sido usados por muito tempo, hoje em dia é muito mais comum os médicos optarem pelas outras alternativas.

A razão para isso é o fato de que a aderência entre esse tipo de prótese e o tecido mamário ser mais difícil. Então, quando eles eram utilizados em grande quantidade, os casos de contratura capsular aconteciam em cerca de 10% das cirurgias realizadas.

Além disso, o implante liso se move mais facilmente. Isso faz com que ele esteja mais sujeito a se deslocar, apresentar ondulações perceptíveis com a palpação das mamas e causar flacidez.

Superfície texturizada

Como você pode imaginar, uma incidência tão alta de contratura capsular fazia muitas mulheres evitarem as próteses de silicone. Por esse motivo, os fabricantes se empenharam para desenvolver novas tecnologias e tornar os implantes mais aderentes ao organismo, solucionando esse problema.

Então, eles conseguiram fabricar as próteses com superfície texturizada. As mais ásperas são as macrotexturizadas e as levemente ásperas ao toque, com uma granulação bem fininha são as microtexturizadas. Assim, a textura facilita a aderência do implante ao tecido mamário do organismo e evita reações de rejeição.

Com essa tecnologia, a cicatrização dos tecidos internos se tornou mais simples e rápida. Dessa forma, os casos de contratura literalmente despencaram, fazendo com que a maioria das pacientes tenha uma recuperação tranquila  e um resultado duradouro.

 

Superfície de poliuretano

Mesmo depois da prótese texturizada, os fabricantes continuaram investindo em outras tecnologias. Eles conseguiram fabricar próteses revestidas com uma fina camada de espuma de poliuretano, que funciona como uma especie de velcro e consegue uma grande aderência ao tecido mamário.

Apesar de garantirem uma porcentagem muito baixa de rejeição, essas próteses têm também algumas desvantagens. Alguns cirurgiões relatam que a manipulação é um pouco mais difícil e exige uma incisão maior. O risco de que dobras nas bordas do implante fiquem evidentes, especialmente quando a paciente é mais magra, também existe.

Por essas e outras razões mesmo que a superfície de poliuretano tenha algumas vantagens, ela ainda é menos usada que a prótese com superfície texturizada.  Afinal, mesmo que essas complicações sejam pequenas, muitos preferem evitar os incômodos que elas causam.

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Qual formato escolher?

Para decidir sobre qual o modelo de prótese usar, com cautela e sem medo de ter surpresas desagradáveis, é interessante conhecer as versões disponíveis no mercado. Cada tipo de silicone vai garantir um resultado diferente, compatível com o modelo escolhido.

Redondo

O tipo de silicone com modelo redondo, na prática, tem um padrão semiesférico e, por esse motivo, se adapta melhor ao contorno natural da mama. Não é à toa que essa é uma das opções mais escolhidas pelas mulheres!

As próteses redondas são colocadas por um pequeno corte nas axilas ou no sulco abaixo das mamas. Esse tipo de silicone preenche totalmente o espaço, proporcionando um resultado bem bonito e valorizando tanto os seios, quanto a região do colo.

Entretanto, apesar de um resultado bem aparente, mesmo a prótese de modelo redondo pode parecer mais natural se for colocada parcialmente sobre o músculo do peito e a parte inferior da glândula mamária.

Vale ressaltar que, em caso de deslocamento da prótese, esse tipo de silicone tem baixíssima chance de trazer modificações expressivas e visualmente aparentes.

Anatômico ou em gota

A prótese anatômica tem um formato de gota e tende a imitar a aparência natural dos seios. Por esse motivo, costuma ser o modelo mais escolhido pelas mulheres que vencem a batalha contra o câncer. Além disso, esse tipo de silicone costuma ser indicado para quem deseja aumentar o volume e a proporção dos seios.

Vale ressaltar que esse volume não se concentra no alto do decote, ou seja, apesar de proporcionar um seio mais volumoso, ele não ficará tão evidente na região do colo. O destaque que essa prótese oferece está concentrado na porção inferior da mama, fazendo com que o resultado seja bem natural.

Apesar da naturalidade que esse tipo de silicone garante para os seios, esse modelo de prótese vem sendo menos utilizado, pois essa diferença entre as proporções do colo e da parte inferior pode causar deslocamentos e rotações indesejáveis.

Cônico

A prótese no formato cônico é o modelo que tem o resultado mais artificial de todos, uma vez que projeta muito os seios para a frente, deixando-os empinados. Por isso, tende a atrair bastante os olhares.

Entretanto, apesar desse detalhe, é uma versão muito recomendada para os casos em que a mulher tem as mamas um pouco caídas, em função da amamentação ou de uma brusca perda de peso, ou tem o tórax mais estreito.

Nas duas situações, esse modelo de prótese de silicone consegue redirecionar os mamilos e assegurar um efeito esteticamente interessante, evitando novas incisões além da própria cirurgia de implante.

Como as próteses são colocadas?

A inclusão da prótese de silicone é realizada por meio de uma incisão que pode ser na axila, aréola ou mama, inserida abaixo do músculo ou da glândula mamária. O fato da colocação ser atrás ou na frente do músculo pode variar de acordo com o tipo de mama da paciente. 

Por exemplo, é comum que a prótese de silicone seja colocada na parte de trás do músculo se a mulher tiver pouca glândula, já que esse procedimento evita que o implante fique muito aparente. Agora quando a paciente tem uma quantidade de glândula que permita que o implante seja satisfatoriamente coberto, é normal que ele seja inserido na frente do músculo.

Lembrando que uma cliínica especializada fará uma anamnese na consulta para que uma série de dados importantes sobre a paciente sejam levantados, como o histórico de doenças familiares, a saúde em questão, entre outras informações.

Como escolher o tamanho ideal?

No momento de escolher entre os diversos tamanhos de implantes de silicone mamário — que podem variar entre 150 ml a 600 ml — Dr. Sérgio considera alguns aspectos a respeito do corpo da paciente, tais como: 

  • biotipo;

  • estrutura corporal;

  • distância entre tronco e quadril;

  • altura;

  • estrutura óssea;

  • proporção do tórax;

  • formação original da mama. 

 

Assim, o volume mais adequado pode ser indicado para que a paciente tenha suas expectativas alinhadas em relação ao melhor resultado possível.

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Necessidade de trocas

Os implantes mamários não duram obrigatoriamente para toda vida, sendo necessária, algumas vezes, a troca de implante por outros, mas atualmente não indicamos a troca a cada 10 anos como se preconizava uns anos atrás, hoje indicamos exames complementares de imagens anualmente e uma provável troca somente se houver alterações que a justifiquem, fato que acontece em 1 a 2 % dos casos quando o implante e a técnica utilizada foram corretamente indicados.

Uma das razões de trocar a prótese é se ela romper, a ruptura dos implantes é muito rara, geralmente não há sintomas e o diagnóstico se dá como um achado durante exames de imagem, requer troca cirúrgica do implante de forma eletiva , programada, pois a princípio o único dano que pode advir é estético, que pode não ser notado.

A outra razão de indicar a troca da prótese ou das próteses é que o tecido cicatricial que normalmente se forma ao redor do implante pode apertar e espremer o implante. Isto pode ocasionar endurecimento da mama, dor e, em casos severos, prejuízo no aspecto estético da mama. As próteses e técnicas quando corretamente indicadas raramente apresentam essas alterações.

Tanto a ruptura como a contratura podem acontecer em 1 a 2 % dos casos. Se ocorrerem, as próteses utilizadas tem garantia do fabricante de 10 anos para reposição dos implantes.

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